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Itaboraí - RJ: Corredor Ecológico é aberto

Danielle Rabello A Petrobras anunciou, ontem, o início das aulas do programa de capacitação em Viverismo e Reflorestamento para os moradores e ex-moradores da área do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), em Itaboraí. O curso visa capacitar 400 pessoas para atuarem na implantação do Corredor Ecológico, que irá reflorestar a área em torno do empreendimento. Deste total, metade dos alunos receberá qualificação em silvicultura e a outra metade aprenderá atividades artesanais. De acordo com a gerente de Relacionamento do Comperj, Cláudia Labruna, a iniciativa faz parte das ações do Centro de Integração. "Buscamos aproveitar neste curso as pessoas que trabalhavam nas antigas fazendas onde será implantado o Comperj. Em primeiro lugar, para aproveitar a mão-de-obra local e, em segundo, porque eles já desenvolviam atividades próximas ao que vão aprender. Algumas pessoas que mudaram da região quando souberam da desapropriação da terra, e que retornaram quando souberam do curso, também foram beneficiadas", explicou. A primeira fase do programa começa na semana que vem, e vai capacitar cem pessoas. Elas serão divididas em quatro turmas de 25 alunos, que se formam em março de 2008. Em seguida, começarão as aulas dos outros cem alunos de silvicultura e dos 200 de artesanato. As aulas serão ministradas de segunda a sexta-feira, em dois turnos: das 8h às 12h e das 13h às 18h. Os inscritos receberão uma bolsa-auxílio de R$ 300 e uma cesta básica durante o curso. Além disso, a empresa fornecerá almoço no local. Quem estudar de manhã receberá também café da manhã, e os da tarde, lanche. O curso será ministrado pela Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (Oscip) Innatus. Além de capacitar profissionalmente, o programa visa promover o desenvolvimento pessoal dos alunos, através de aulas de cidadania, primeiros socorros e equipamentos de proteção individual. Segundo o coordenador do Innatus, José Carlos Marques, o objetivo do curso de artesanato é gerar renda para a população. "Daremos aulas de biscuit, taboa, bambu e bijuteria. A taboa é um produto local e pretendemos difundir o artesanato de cestaria, tapeçaria e vasos. Em relação à bijuteria pretendemos incentivar o uso de sementes e outros produtos locais, visando ao desenvolvimento sustentável e de acordo com a preservação do meio ambiente. A idéia é que, futuramente, os artesãos formem associações para comercializar a produção local", contou. O Corredor Ecológico tem por objetivo reflorestar a área em torno do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro. Serão plantados 4 milhões de mudas, que irão integrar a região à Área de Proteção Ambiental (APA) de Guapimirim. O projeto é uma parceria entre Petrobras, Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), que fará a recuperação das áreas degradadas. A Fundação Johanna Dobereiner é responsável pelo desenho conceitual. Relacionamento – Durante a reunião de lançamento do curso, a Petrobras divulgou que a Ambiental Engenharia e Consultoria é a nova encarregada de fazer a interação com a comunidade. Ela dará seqüência às atividades da Cena Brasileira, responsável pelo trabalho na época do Diálogo e Diagnóstico Socioambiental. A nova empresa desenvolverá outras atividades, como preparação de audiências públicas nos 15 municípios que compõem o Comperj. Cláudia Labruna informou, também, que os demais cursos de capacitação, para os quais a população realizou processo seletivo durante este ano, devem começar em janeiro próximo.

Fonte: O Fluminense

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